IV CONGRESSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO AMAPÁ
COMUNICAÇÃO
SESSÃO: 01
Coordenação: Profª. Drª. Ana Cristina Soares
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SESSÃO: 01
Coordenação: Profª. Drª. Ana Cristina Soares
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1.1 - A MULHER E O DIREITO:
CONTROVÉRSIAS QUANTO AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Anny Laryssa de Almeida Costa[1]
Adirleide Greice Carmo de
Souza[2]
Resumo: O
trabalho é resultado de pesquisa de iniciação cientifica na disciplina Direito
das Minorias do curso de Direito do Centro de Ensino Superior do Amapá. A
pesquisa teve como objetivo investigar os fatores que contribuem para não
eficácia do princípio constitucional da igualdade entre homens e mulheres. Foi
desenvolvida com o enfoque interpretativo-compreensivo, uma vez que, se
procurou investigar, interpretar e compreender os fatores sócio-culturais que
são determinantes para não eficácia do princípio da igualdade entre homens e
mulheres. A abordagem foi qualitativa, através do arcabouço teórico e
legislações, os quais auxiliaram na compreensão da problemática proposta. Como
resultados e conclusões identificou-se que: teórica e juridicamente há uma
unânime aceitação quanto à igualdade entre homens e mulheres. As declarações de
organismos internacionais, a Constituição federal brasileira e as leis que
versam sobre o tema parecem indicar que o tempo da opressão da mulher constitui
um período passado, mas, a pesar de todos os avanços para a efetivação da
igualdade entre homens e mulheres, o que se percebe é que na prática ainda
existe controvérsias quanto os direitos das mulheres, o maior empecilho
encontrado tem como referência principal a cultura, que, historicamente, tem
uma base masculina, retomando a tese do patriarcado. Por outro lado, as
próprias mulheres reivindicam diferenças de tratamentos, principalmente, por
questões físicas, daí se conclui que existem diferenças entre o desempenho de
papéis masculinos e femininos que não são necessariamente desiguais, mas
inquestionavelmente diferentes.
[1] Graduanda
em Direito/ CEAP - Centro de Ensino Superior do Amapá. annylaryssa@hotmail.com
[2]
Orientadora: Professora de Direito das Minorias/CEAP – Centro de Ensino
Superior do Amapá. Mestranda em Direito Ambiental e Políticas Públicas/UNIFAP.
ad_greice@hotmail.com
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1.2 – A REPÚBLICA EM MAQUIAVEL: LIBERDADE, CONFLITO E CORRUPÇÃO1
Miquéias Serrão Marques2
Resumo: A
respectiva comunicação é resultado provisório do levantamento bibliográfico
para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Logo, busca-se analisar através
dos “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio” de Nicolau
Maquiavel (1469-1527), os alicerces do regime republicano, que segundo o autor,
se pautariam no conflito, liberdade e instituições políticas que administrem e
resguardem os interesses da coletividade. A ótica privilegiada, parte da noção
do conflito como agente fundamental, para instaurar o Estado republicano e
garantir a liberdade do povo, entendido por Maquiavel como o “guardião da
liberdade”. O representante político além de resguardar a liberdade civil,
deveria assegurar o bem-estar da coletividade, para que a população se sirva do
Estado e não seja por ele oprimida. É nesse contexto discursivo que Maquiavel
vislumbra e problematiza o fenômeno da corrupção na República, entendendo este
como nocivo e degradante para o “corpo político”, podendo levar a “morte” do
regime.
Palavras - chave: Política, Regime Republicano, Povo, Corrupção.
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1. Trabalho orientado pelo prof. Drº Ed Carlos
Guimarães da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). E-mail: edcarlos@unifap.br
2. Graduando e bolsista do
Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Ciências Sociais da
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).
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COMUNICAÇÃO
SESSÃO: 02
SESSÃO: 02
Coordenação: Profª. Drª. Ana Cristina Soares
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1.3 - A INFÂNCIA NEGADA: ABUSO SEXUAL INFANTIL INTRAFAMILIAR E O SISTEMA PENAL MACAPAENSE¹
Suellen Campos de Macedo²
Resumo: O trabalho apresentado é fruto de pesquisa realizada no ano de 2012 e
desenvolveu-se tendo como apoio as reflexões empreendidas no Grupo de
Estudo e Pesquisa sobre Violências e Criminalizações (GEPVIC/UNIFAP). Teve o objetivo de analisar casos de abuso sexual infantil
intrafamiliar ocorridos no ano de 2010 na cidade de Macapá-AP. Entende-se por
sistema penal as agências de poder como: a Polícia Civil, Ministério Público
Estadual e o Judiciário. A pesquisa buscou compreender a construção social das
relações sociais permeadas pela violência nas redes familiares que deram vida à
violência sexual infantil, o que permitiu dar visibilidade social e jurídica
para o agressor e as famílias envolvidas nos casos. Para isso, foram
selecionados cinco inquéritos policiais que relatavam abusos sexuais infantis
intrafamiliar. Os resultados da pesquisa apontaram para características comuns
entre os cinco casos, tais como: a baixa escolaridade dos envolvidos; baixa
renda econômica; famílias reconstituídas; mães das vítimas separadas e por
isso, há presença do padrasto, que se mostrou como o principal agente abusador;
ocorrência de outros tipos de violências e a ausência de informações
importantes nos processos. Esse tipo de violência envolve uma multiplicidade de
atores e coloca por terra a certeza de que a familiar é um lugar, apenas de segurança,
afeto e amor. A temática nos mostra igualmente, a ineficiência da justiça penal
em enfrentar e resolver tais crimes, mostrando a distância existente entre a
letra da lei e a realidade dos fatos. Colocando a impunidade e a seletividade
penal como um dado constitutivo da dinâmica jurídica.
Palavras - Chave: Abuso sexual, Família, Sistema Penal, Impunidade.
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1. Projeto
de pesquisa vinculado ao Programa de Iniciação Científica Voluntária (PROVIC)
da Universidade Federal do Amapá, sob orientação do Prof. Dr. Ed Carlos de
Sousa Guimarães. E-mail: edcarlos@unifap.br:
2. Acadêmica
do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. E-mail:
macedo_suellen@hotmail.com
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1.4 - A CONSTRUÇÃO DE SOCIABILIDADES VIOLENTAS¹
Claudemir Barros Aires²
Grege Nascimento da Silva³
Jorge
Azevedo Cruz4
Resumo: O presente trabalho é resultado das discussões
desenvolvidas no Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Violências e Criminalizações
(GEPVIC/UNIFAP) e no 3° Ciclo de Estudos Temáticos do grupo PET Ciências
Sociais sobre práticas de violência, justiça e cidadania. Tais estudos
desenvolvidos se propuseram a fazer uma discussão teórica sobre a construção de
sociabilidades violentas na sociedade contemporânea. A sociedade atual
constitui-se em um mundo plural, diferenciado, heterogêneo, com uma
configuração marcada fundamentalmente pela fragmentação social, onde houve uma
quebra dos valores reconhecidos como coletivos. Esse cenário engendra inúmeros
arranjos sociais que possuem lógicas de funcionamento e manutenção própria,
tanto no campo material como no campo simbólico, de modo que, diversos sistemas
de valores se formam e coexistem de forma mais ou menos autônoma. Em sociedades
em que o contexto acima está configurado, as ações sociais que aí se
desenvolvem são caracterizadas por múltiplas lógicas de ação, organização e
reorganização do espaço social e de múltiplos recursos de atuação, dentre os
quais figura, ou pode figurar, o da violência. Sociabilidades que se estruturam
em razão da existência de solidariedade, mas também a partir e em função de sua
ausência. É o caso de sociabilidades que se estruturam na e pela violência,
quase que como resposta a carência, ausência, falhas, rupturas, aspectos que
são todos eles, frutos da explosão de múltiplas lógicas de ação em um rol de
muitos outros.
Palavras - chave: Violência, fragmentação social, arranjos sociais.
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1. Trabalho orientado pelo Prof°.
Dr°. Ed Carlos de Sousa Guimarães – UNIFAP. E-mail: edcarlos@unifap.br
2. Graduando e bolsista
voluntário do grupo PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Ciências
Sociais da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP.
3. Graduando e bolsista
voluntário do grupo PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Ciências
Sociais da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. E-mail: gregeda@bol.com.br
4. Graduando
e bolsista do grupo PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Ciências
Sociais da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. E-mail:
Jorgeap18@hotmail.com
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COMUNICAÇÃO
SESSÃO: 03
SESSÃO: 03
Coordenação: Profª. Drª. Ana Cristina Soares
_________________________________________________1.5 - ANTROPOLOGIA DOS CIRCUITOS ECONÔMICOS INFORMAIS NA FEIRA: RENDA E SOCIABILIDADE¹
Alex Castro de Brito²
Resumo: Este
trabalho tem como objetivo analisar a instituição econômica moderna submersa
(embeddedness) nas relações sociais. Partiremos de uma
revisão teórica de alguns textos da Antropologia Econômica, basicamente os da
chamada Escola Substantivista da economia. Nesta, a ênfase não recai, como na
Escola Formalista, nas consequências econômicas da ação egoísta do indivíduo em
salvaguardar seu interesse na posse de bens materiais. Ao contrário, a
perspectiva substantivista da economia enfatiza o interesse coletivo como guia
no entendimento das práticas econômicas. Para esta escola, os fenômenos
econômicos não deveriam ser analisados sem a consideração das outras dimensões
da vida social nas quais estas práticas tomam forma. Nesta perspectiva,
os agentes sociais desenvolveriam, em sua prática econômica, extensos e
complexos circuitos de sociabilidades funcionando como mecanismos importantes
para distintos arranjos econômicos. Tomamos como ilustração dessas redes
específicas de sociabilidade as redes sociais oriundas de relações sociais
tradicionais como reciprocidade, confiança, parentesco, amizade, vizinhança,
compadrio. Neste trabalho estendemos estes princípios ao estudo de fenômenos
contemporâneos das sociedades complexas, tais como o comércio informal. Outros
estudos têm demonstrado que a economia informal, objeto de nossa pesquisa numa
feira de roupas opera, sobretudo, regulado por princípios tradicionais (como em
rituais do dom, reciprocidade, parentesco,), uma vez que essa economia se
desenvolve fora dos marcos legal da esfera estatal. Contudo a discussão
presente caminha no sentido de fundamentar a importância da manutenção e
consolidação dessas redes de sociabilidades na modernidade conjugada a própria
organização social, econômica, cultural, dos atores envolvidos com as
atividades econômicas não regulamentadas pelo Estado.
Palavras - chave: Antropologia econômica, circuitos econômicos informais, relações sociais, Sociologia.
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1. Trabalho
orientado pelo Prof. Dr. Rosinaldo Silva de Sousa – UNIFAP. E-mail:
rosinaldossousa@yahoo.com.br
2. Graduando
em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. E-mail:
ac_brito89@hotmail.com
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1.6 - “É ISTO UM HOMEM?”: PRIMO LEVI E A
NARRATIVA DAVIOLÊNCIA E DO TERROR ADMINISTRADO NA MODERNIDADE.¹
José Luis dos Santos Leal²
Rubiele de Abreu Oliveira³
Resumo: A presente comunicação é resultado das reflexões empreendidas no Grupo
de Estudo e Pesquisa Sobre Violências e Criminalizações (GEPVIC), bem como no
Ciclo de Estudos Temáticos do PET Ciências Sociais. Objetiva analisar através
da narrativa literária de Primo Levi, a trágica experiência da violência, morte
e terror nos campos de concentração em Auschwitz, durante a 2ª Guerra Mundial.
Nesse contexto, a descrição trabalhada pelo autor em “É isto um homem” enfoca
a constante destruição corporal, psicológica, moral e humana dos judeus dentro
dos campos de extermínio, de modo que todo o processo de controle e violência
física realizada por parte dos nazistas era investido de mecanismos e técnicas
altamente racionais. A comunicação, a linguagem, o trabalho e a razão tão caros
ao homem e à civilização moderna perdem seus sentidos diante do fenômeno da
solidão, dor física e psicológica dos internos. Logo, as consequências são as
mais terríveis possíveis, visto que, o processo político desencadeado pelo
regime nazista nas “fábricas de morte”, conseguiu desumanizar e animalizar os
indivíduos por meio de um tipo moderno de “barbárie totalitária”.
Palavras - chave: Guerra, Nazismo, Judeus, Extermínio.
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1. Trabalho orientado pelo Prof.
Dr. Ed Carlos Guimarães da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP.
2. Graduando e bolsista do
Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Ciências Sociais da
Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. E-mail: luislealll@hotmail.com
3. Graduando
e bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Ciências Sociais
da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP.
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1.7 - A ENTIDADE FAMILIAR BRASILEIRA: FUNÇÕES E TRANSFORMAÇÕES NO PROCESSO HISTÓRICO A PARTIR DA PÓS-MODERNIDADE
Elivaldo Serrão Custódio[1]
Elizama Freire de Oliveira[2]
Resumo: O presente
artigo tem como
objetivo investigar o conceito de família e a visão
que a população brasileira tem sobre os diversos modelos familiares que se
apresentam na sociedade. Essa
pesquisa justifica-se pelo fato de que ocorreram inúmeras modificações na
estrutura familiar ao longo dos tempos e uma vez sendo
assegurado à união homossexual judicialmente, há a necessidade de se ouvir a
opinião das pessoas, avaliar as mudanças em
relação a valores, conceitos e a nova estrutura familiar. O presente artigo traz os
resultados de pesquisa teórica e de campo desenvolvida no município de
Santana-AP no ano de 2011. Por meio de questionário, foram coletadas
informações com pessoas da sociedade civil em geral, bem como líderes
religiosos.
Os
resultados demonstram que ainda prevalece a concepção de família patriarcal,
porém, muitos já aceitam as mudanças que ocorrem na contemporaneidade. O artigo
está estruturado em três partes. Na primeira disserta-se sobre a família:
definição e evolução histórica. Na segunda, discorre-se sobre a organização
familiar brasileira como reflexo das transformações políticas e econômicas. E
por último, traz-se a metodologia de desenvolvimento do trabalho, os
resultados obtidos e as considerações finais sobre a
pesquisa.
Palavras - chave: Família, Modelo
Familiar,
Valores, Religião.
[1]Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental
e Políticas Públicas da Universidade Federal do Amapá (PPGDAPP/UNIFAP), Brasil.
Participa do grupo de pesquisa intitulado "Grupo de Estudos e Pesquisas
sobre Educação, Relações Étnico-Raciais e Interculturais", cadastrado no
CNPq, sob coordenação da Profa. Dra. Eugenia da Luz Silva Foster. E-mail: elivaldo.pa@hotmail.com
[2]Graduada em História pela Universidade Vale do Acaraú
(UVA). E-mail: elizama.oliveria@bol.com.br
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