V CONGRESSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO AMAPÁ
MESA DE DEBATE
MESA: 04
“Conflitos Sociais e Meio Ambiente na Amazônia”.
Profª. Drª. Daguinete Maria Chaves Brito – UNIFAP; Profº. Dr. Antônio Sérgio Monteiro Filocreão – UNIFAP;
Profª. Ma. Fátima Lucia Carreira Guedes Dantas – UNIFAP.
______________________________________________
1.1 - CONFLITOS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE NA AMAZONIA [1]
Fátima Lucia Carrera Guedes Dantas[2]
Resumo: Neste artigo retratamos não somente a trajetória histórica dos insurgentes conflitos sociais que permeiam a história ambiental planetária, mas também a brasileira e, mais especialmente aquela que coloca a Amazônia brasileira distante de ser o dito El Dourado, encontrado no ideário dos primeiros colonizadores. Nesse vasto território habitado por índios, caboclos, negros, ribeirinhos, extrativistas e todas as populações nele radicadas, de uma forma ou de outra, num período ou em outro, encontramos as experiências históricas de degradação do meio ambiente e, da sociodiversidade urbana e rural desta região, mostrando-nos um tratamento punitivo dado, por parte do Estado, aos conflitos estabelecidos em graus extremados, e mais, caracterizados pela violência e ferimento aos princípios básicos de democracia. Conflitos, antes de tudo requerem mediação que, neste caso, deverá vir a partir de uma gestão ambiental assentada na ótica interna ou percepção da realidade, cultural e historicamente determinada, onde o conflito se estabelece. Já neste aspecto o estado capitalista, atual detentor do poder de mediação, estaria descartado enquanto tal – por não possuir a premissa do interesse coletivo, segundo uma visão marxista. Trata-se, então, de uma nova forma de fazer a gestão desses conflitos: aquela comprometida com um novo desenho socioambiental deverá incentivar e fomentar as práticas associativistas e cooperativas e, é dentro disto que está a importância da capacidade organizativa e associativa de uma comunidade se constituir fator fortalecedor na luta.
Palavras-chave: Conflitos Sociais. Meio ambiente. Amazônia.
[1] O tema deste artigo foi apresentado no V CONGRESSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NO AMAPÁ: “Violencia e Cidadania”, em 21 de Novembro de 2013, na Mesa de Debates Conflitos Sociais e Meio Ambiente na Amazônia.
[2] Professora Msc. de Ciência Política, Sociologia e Metodologia Cientifica, vinculada ao Curso de Ciencias Sociais da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP; Mestre em Política, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília – UnB.
COMUNICAÇÃO
SESSÃO: 01
Coordenação: Profª. Drª. Eliane Superti
_______________________________________________
1.1 - O ESPAÇO URBANO E SUA OCUPAÇÃO:
ESTUDO SOBRE AS INVASÕES DAS ÁREAS DE RESSACA NA CIDADE DE MACAPÁ-AP.
Anderson Igor Leal Costa[1]
Emanuel Leal de Lima[2]
Resumo: Este trabalho tem como objetivo,
estudar o perfil sócio- econômico da população que habita as áreas de ressacas
na cidade de Macapá. O método utilizado foi o dedutivo, a partir da premissa do
conceito geral sobre área de ressaca e suas características. A partir disso se
fez um levantamento sobre as áreas de ressaca de Macapá e pesquisando como se
configura o perfil destes moradores, tendo como estudo de caso a área de
ressaca do Tacaca, no bairro Universidade. A cidade de Macapá possui 27 áreas
de ressaca e em função dessa grandeza optou- se por uma amostra aleatória com
pesquisa domiciliar através da aplicação de questionários fechados, tendo sido
entrevistados os moradores de 41 domicílios. Tivemos como resultado que a media
de morador por residência e de 6 pessoas, com apenas uma pessoa trabalhando,
sendo que pelo menos uma e assistida por algum tipo de bolsa. Quase a metade
dos moradores entrevistados, 49%, ganham 1 salário mínimo e cerca de 75% tem o
ensino fundamental. Conclui- se, portanto, que os moradores entrevistados da
ressaca do Tacaca caracterizam- se por se constituírem em uma população jovem,
com baixa escolaridade, baixo poder aquisitivo, sem experiência profissional,
fatores que causam suas permanências naquelas áreas, por não conseguirem sair
desse circulo de pobreza e exclusão.
Palavras-chave: perfil sócio-econômico, área de
ressaca.
[1] Acadêmico do
curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá.
[2] Professor
orientador do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá.
_____________________________________________________
1.2 – REPRESENTAÇÕES DA CRIMINALIDADE URBANA: MEDO E INSEGURANÇA SOCIAL NO ESTADO DO AMAPÁ.
Delque
Pantoja Medeiros[1]
Rubieli
de Abreu Oliveira[2]
Ed
Carlos de Sousa Guimarães[3]
Resumo:
A pesquisa, de cunho bibliográfico e documental, intitulada “Representações da
Criminalidade Urbana: Medo e Insegurança Social no Estado do Amapá” foi
desenvolvida em âmbito do GEPVIC (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Violências
e Criminalizações), do PROVIC/UNIFAP (Programa Voluntário de Iniciação
Científica) e do PROBIC/UNIFAP (Programa de Bolsas de Iniciação Científica). O
trabalho discute o modo pelo qual os jornais retratam a criminalidade urbana
violenta e mais especificamente a criminalidade patrimonial urbana, através da
análise do tratamento oferecido aos principais sujeitos envolvidos nos crimes
(vítimas e os criminosos). Para tanto, discute os discursos encontrados nos
jornais e como é construída a espetacularização dos crimes e a atribuição de
estereótipos aos sujeitos criminalizados. Assim, analisa as interseções entre
as notícias da criminalidade urbana (furto, roubo, latrocínio) veiculadas nos
jornais de Macapá/AP e a construção estereotipada do crime e do criminoso. A
pesquisa documental analisou 26 matérias dos jornais “Diário do Amapá” “A
Gazeta”, referentes ao ano de 2012. Predomina nos discursos jornalísticos uma
visão espetacularizada e estereotipada da criminalidade urbana violenta, que
permeia o imaginário social e que toma o lugar da própria realidade.
Palavras-chave: Mídia,
Representação, Estereótipos, Insegurança, Medo.
[1]
Acadêmico do curso de Ciências Sociais da UNIFAP, bolsista do PROBIC e membro
do GEPVIC;
[2]
Acadêmica do curso de Ciências Sociais da UNIFAP, bolsista do PROVIC, membro do
GEPVIC e bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET);
[3] Orientador: Professor
Doutor do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá. Líder do
Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Violências e Criminalizações (GEPVIC). Tutor
do Programa de Educação Tutorial – PET Ciências Sociais. E-mail:
edcarlos@unifap.br
_________________________________________________________________________
1.3 - A PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA: ANALISES NA UNIVERSIDADE DA MATURIDADE DO AMAPÁ
Jaqueline
Ferreira Silva[1]
Luciano
Magnus de Araújo[2]
Resumo:
Este trabalho busca mostrar uma temática pouco discutida e trabalhada na área
da educação, que é sobre a inclusão de idosos em projetos que venham a atender
a demanda cada vez mais crescente do aumento da expectativa de vida para as
pessoas da terceira idade, sendo que a única que oferece este tipo de ensino atualmente
é a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), que implementou em 2010 a UMAP
(Universidade da maturidade do Amapá) projeto de inclusão para atender a
terceira idade, em vista da educação englobar cada vez mais os processos de
conhecimento do mundo, tornou-se necessário trabalhar para a melhoria da
qualidade e expectativa de vida dessas pessoas. O presente estudo teve por
objetivos, estudar esta nova modalidade de ensino
desenvolvida para os idosos observando as conquistas obtidas, as dificuldades e
barreiras enfrentadas e as superações pessoais para os alunos que frequentam o
projeto. Realizou-se um estudo exploratório descritivo, de natureza
qualitativa, e os dados foram coletados por meio de entrevistas com aplicação
de questionários semiestruturados para 12 idosos que estudam na Umap. Os
resultados obtidos oferecem subsídios para que seja dada maior importância para
criação de outros projetos educacionais que venham a incluir o segmento idoso a
sociedade. A pesquisa apontou para a possibilidade de que a escola seja vista
como uma organização propiciadora de uma educação continua para a terceira
idade.
Palavras-chave: Terceira Idade,
Educação Inclusiva, Umap.
[1] Graduanda
do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP; E-mail: Jack-silva@live.com.
[2] Orientador
Prof. Me. Luciano Magnus de Araújo do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP; E-mail: lma3@hotmail.com.
_________________________________________________________________________
1.4 - VIOLÊNCIA IDEOLÓGICA NA FORMAÇÃO POLÍTICA
BRASILEIRA.
Willian
Figueiredo Cardoso[1]
Resumo:
O presente trabalho tem como escopo da pesquisa analisar a violência Ideológica
peculiar ao processo de enrijecimento da estrutura
política brasileira através das relações de poder que se acentuavam no país
desde o bosquejo do projeto colonial europeu até à República; Percebendo como o
etnocentrismo e os laços de dominação ideológica são capazes de se configurar
em objeto de Violência Social como na
cristalização do modelo de sociedade que se apresenta no Brasil. O Artigo foi
desenvolvido tomando como base metodológica fontes primárias e secundárias que
subsidiaram cientificamente a construção do trabalho; Documentos analisados
através dos óculos conceituais do método
sistêmico pós-moderno, pesquisando nas fontes historiográficas os efeitos
fenomenológicos que desencadearam estas relações sociais, no intuito de
conceber seus vários reflexos na formação da sociedade brasileira; Tendo como
resultado da pesquisa o entendimento que a formação da atual estrutura de poder
no país, pautada em corrupção e privilégios, é fruto da burocratização do Estado e do patrimonialismo presentes nas
relações entre o poder público e o privado; Onde concluímos ser este modelo um produto da Violência Ideológica que se
projetara na superestrutura de Estado brasileiro por intermédio do semifeudalismo, do coronelismo e do
caudilhismo; do mandonismo e do clientelismo; conceitos que permearam este
processo de formação da estrutura política Brasileira, a qual tem seus efeitos
no tempo presente.
Palavras-chave: Burocracia,
Patrimonialismo, Relações de Poder, Ideologia.
[1]Graduado em
História pela UNIFAP – (2005) e Acadêmico do Curso de Direito da mesma
instituição-2009
______________________________________________________________________________________________
COMUNICAÇÃO
SESSÃO: 02
SESSÃO: 02
Coordenação: Profª. Drª. Eliane Superti
_________________________________________________1.5 - POLÍCIA E SOCIEDADE: UMA ANÁLISE DAS AÇÕES DO BATALHÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (BOPE-AMAPÁ) EM MACAPÁ/AP
Ana
Caroline Bonfim Pereira[1]
Joice
Cunha de Sousa[2]
Ed
Carlos de Sousa Guimarães[3]
Resumo:
A literatura especializada em segurança pública e violência policial tem
demonstrado a relevância do papel da polícia na manutenção da ordem social.
Porém, há aqueles que consideram as Polícias brasileiras, em sua absoluta
maioria, ineficientes e violentas, principalmente, devido às agências policiais
operarem a partir de princípios antiquados e conflitivos com os valores
democráticos. A pesquisa tem o objetivo de analisar como a sociedade macapaense
percebe as ações do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). A partir desse fio
condutor, o trabalho busca compreender como funcionam os mecanismos que
legitimam o uso da força repressora pelo Estado e a forma pela qual a
população, diretamente impactada pelas ações do BOPE/AP, percebem o uso da
violência pela agência policial. As análises decorrem de pesquisa
bibliográfica, documental e de campo. A pesquisa documental será constituída de
levantamento de jornais locais (impresso e sua versão disponível na internet)
em que estejam presentes notícias veiculadas sobre as ações do BOPE na cidade
de Macapá. Nesse mesmo sentido, também serão consultados outras fontes, como as
oficiais, fornecidas pela Polícia Militar, bem como documentos produzidos por
órgãos ligados à justiça local. A pesquisa de campo, por sua vez, se efetivará
por meio de entrevistas semi-estruturadas, com abrangência de amostra de 1% (um
por cento) do universo de áreas nas quais o BOPE desempenhou ações no ano de
2013.
Palavras-chaves: BOPE, Violência
Policial, Sociedade, Mídia.
[1] Acadêmica do
Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais da Universidade Federal
do Amapá. Bolsista do Programa de Educação Tutorial – PET. Membro Grupo de
Estudo e Pesquisa sobre Violências e Criminalizações (GEPVIC). E-mail:
ana.caroline_ap@hotmail.com
[2] Acadêmica
do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais da Universidade
Federal do Amapá. Bolsista do Programa de Educação Tutorial – PET. Membro Grupo
de Estudo e Pesquisa sobre Violências e Criminalizações (GEPVIC). E-mail: joice_2310@hotmail.com
[3] Professor Doutor do curso de Ciências Sociais
da Universidade Federal do Amapá. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre
Violências e Criminalizações (GEPVIC). Tutor do Programa de Educação Tutorial –
PET Ciências Sociais. E-mail: edcarlos@unifap.br
1.6 - MEMÓRIAS DE LADRÕES: CICLO (DE RESISTÊNCIA) NO
MARABAIXO – UMA ABORDAGEM HISTÓRICO-ETNOGRÁFICA.
Kerllyo Barbosa Maciel[1]
Yurgel
Pantoja Caldas[2]
Resumo:
Mesmo antes do surgimento do registro
escrito, já havia uma preocupação dos povos antigos em manter para futuras
gerações seus costumes, crenças, culturas e modos de vida – aspectos que o povo
remanescente africano no Estado do Amapá se identifica. Para tanto, objetivando
uma discussão teórico-metodológica através das análises das Cantigas de
Marabaixo, inseridas no Ciclo do Marabaixo, que se constituem como formas de
resistência, tradições, crenças e culturas afro-brasileiras passada às gerações
futuras através das festividades ocorridas dentro do Ciclo, permeada de cultos,
exaltações, sátiras, dissabores, aventuras amorosas. Por conseguinte, norteado
numa abordagem metodológica etnográfica e análise documental, essas
manifestações afro-amapaenses refletem a identidade que resiste ao tempo, além de
suas adaptações e reinvenções de suas marcas originais e identitárias e
culturais. Nesse sentido, portanto, a memória oral/coletiva tem papel
fundamental na comunidade pesquisada, no sentido de manter viva essa
ancestralidade que atravessa os tempos e finca essa manifestação afro-religiosa
nos versos de Ladrões como a mais expressiva e representativa de multiculturalismo
e literatura do Estado do Amapá.
Palavras-Chave: Etnografia,
Literatura, Afro-amapaense, Cultural, Identidade.
_________________________________________________________________________
1.7 - A DESMISTIFICAÇÃO DO MITO DA LÍNGUA ÚNICA SOB A
PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DA UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ
Marcus
Vinícius Souza e Souza[1]
Resumo: O presente trabalho é resultado do estudo
das variações linguísticas, que foi realizado no ano de 2013 na Universidade
Vale do Acaraú, objetivando identificar como se forma a falsa sinonímia de
língua única, e verificar os fatores de influência deste processo, e como
proposta temática, pretende-se desmistificar esta falsa concepção. O estudo
realizado é feito por meio de pesquisa bibliográfica associado à pesquisa de
campo através de questionários, que foram utilizados com os fins de
diagnosticar o grau de conhecimento dos acadêmicos do curso de letras,
biologia, pedagogia, história e educação física, que foram entrevistados com o
intuito de averiguar o conhecimento prévio dos entrevistados sobre as variações
linguísticas. A fundamentação teórica ébaseada na teoria de Bagno para poder
explicar as variações e a teoria de Saussure para compreender a língua enquanto
objeto de estudo da linguística. A contribuição deste estudo é de incentivar e
promover a reeducação sociolinguística e pôr fim à visão preconceituosa dos
próprios falantes que impõe certo e errado para as
diferentes formas de falar.
Palavras-Chave: Variação
Linguística, Preconceito Linguístico, Reeducação Sociolinguística.
1.8 - LINCHAMENTOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DA TEORIA DO
PROCESSO CIVILIZADOR DE NORBERT ELIAS[1]
Suellen
Campos de Macedo[2]
Resumo:
Este trabalho, baseado em pesquisa bibliográfica, tem o objetivo de compreender
a ocorrência de atos violentos classificados como linchamentos na modernidade à
luz da teoria do Processo Civilizador de Norbert Elias. Os linchamentos são
ações violentas de grupos ou indivíduos que se reúnem com o propósito de fazer
justiça privada através da violência física sobre sujeito(s) ao qual é imputada
a responsabilidade de um crime. Os linchamentos são também, atos de defesa e
afirmação pessoal ou social que envolve relações de poder e denunciam rupturas
nas tradições hierárquicas. A partir das definições de Elias, foi possível
notar a existência de um descompasso entre os ideais de civilidade da sociedade
ocidental e os atos violentos que essa sociedade tem vivido. Assim, analisando
os linchamentos concluímos que a ação de linchar não significa simplesmente um
retrocesso ou uma espécie de retorno à barbárie. Demostra que a sociedade vive
em um estado de crise/descompasso. Pois, o Estado não consegue exercer de forma
plena sua função institucional de monopolizador da violência física e
apaziguador dos conflitos. Tal falha resulta em uma série de tentativas pelos
indivíduos, mesmo que ilegais e tortuosas, de recuperar a ordem, ou de produzir
mecanismos de controle social através de suplícios públicos.
Palavras-chave: Linchamentos,
Modernidade, Estado Moderno.
[2] Graduanda de Ciências Sociais da Universidade Federal
do Amapá – UNIFAP. Contato: macedo_suellen@hotmail.com
______________________________________________________________________________________________________________
COMUNICAÇÃO
SESSÃO: 03
Coordenação: Profª. Drª. Eliane Superti
SESSÃO: 03
Coordenação: Profª. Drª. Eliane Superti
________________________________________________
|
1. 9 - A LITERATURA E SEUS DESDOBRAMENTOS
CIENTÍFICOS EM TORNO DA TEMÁTICA DO MEDO
Arthur
Anthunes Leite[1]
José
Luis dos Santos Leal[2]
Ed
Carlos de Sousa Guimarães[3]
Resumo:
A presente comunicação pretende discutir a importância da literatura para a
reflexão sociológica, e é resultado de estudos e atividades desenvolvidas no
“Ciranda de Livros” do Grupo PET Ciências Sociais, bem como resultados de
estudos do Grupo de Estudo e Pesquisa Sobre Violências e Criminalizações (GEPVIC).
O objetivo central é discutir as representações literárias como fonte de
interpretações da “realidade” para o campo sociológico, enfatizando a discussão
em torno da temática do medo. Para isso usaremos como referência principal a
obra de Jon Krakauer, “Into The Wild (o
lado selvagem)” que conta a trágica experiência vivenciada por Christopher
McCandless pela América do Norte. Para Christopher o medo era a principal causa
da desconfiança das relações humanas, e essa desconfiança desencadeia as ações
de vigilância e de violência, seja simbólica ou física. Christopher é
influenciado pelas suas leituras, que incluíam Tolstoi e Thoreau, ansiava por
chegar ao Alasca, onde poderia estar longe do homem. Na sociologia a reflexão
em torno do medo parte do trabalho do sociólogo Polonês Zygmunt Bauman, em seu
livro “O Medo Liquido”. Para Bauman,
o mundo líquido é um mundo de aparência absoluta, de ameaças difusas, ambíguas e
fluidas, em que estamos imersos em medo. Assim, o diálogo entre a literatura e
o pensamento de Bauman mostra-se bastante frutífero com vistas a se pensar a
nossa realidade.
Palavras-chave: Literatura,
Sociologia, Medo, Representação.
[1] Graduando
do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP,
bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) e Membro do Grupo de Estudos e
Pesquisas sobre Violências e Criminalizações;
[2] Graduando
do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP,
bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) e membro do Programa voluntário
de Iniciação científica (PROVIC). E-mail: luislealll@hotmail.com
[3] Orientador: Professor
Doutor do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá. Líder do
Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Violências e Criminalizações (GEPVIC). Tutor
do Programa de Educação Tutorial – PET Ciências Sociais. E-mail:
edcarlos@unifap.br
______________________________________________________________________________________________
1.10 - MOVIMENTO ANARQUISTA NO BRASIL: CONQUISTAS E OBLITERAÇÃO
HISTÓRICA
Jocenildo
Teixeira de Souza[1]
Eliane
Superti[2]
Resumo:
O anarquismo no Brasil representou uma força política importante na organização
do movimento operário. Seus líderes e princípios políticos motivaram
importantes manifestações políticas e colocaram em evidência, no início dos
anos de 1900 a questão social do trabalho. Este artigo buscou investigar e
compreender quais foram as contribuições políticas do movimento anarquista do
final do século XIX e início do século XX, analisar o porquê dessas
contribuições serem relegadas às margens da história. Para tanto, a metodologia
utilizada foi a pesquisa bibliográfica perfazendo um apanhado histórico, a
partir de leitura de artigos e livros e análise documental. A pesquisa parte do
pressuposto que a história oficial do Brasil ocultou as realizações do
movimento anarquista. Ao longo da história, percebemos que muitas “histórias”,
são contadas a partir do ponto de vista de um grupo hegemônico, com o movimento
anarquista no Brasil não poderia ser diferente, pois há dados suficientes para
reescrever a história do Brasil de meados do século XIX até o início da era
Vargas. A pesquisa aponta que esses fatores combinados foram responsáveis por
quase obliterar da memória historiográfica o movimento anarquista, bem como
suas realizações, contribuições e influências durante os primeiros anos da
nascente república, nos movimentos sociais, como imprensa livre;
anarco-sindicalismo e suas lutas pela melhoria e emancipação do operariado
brasileiro, consignando às primeiras noções de cidadania aos trabalhadores,
forçando o Estado a instituir os direitos trabalhistas no Brasil, noções essas
que eram reforçadas pelas escolas libertárias que romperam com o sistema
tradicional de educação no país.
Palavras-chave: Anarquismo,
Cidadania, História.
[1] Acadêmico
do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais da Universidade
Federal do Amapá. Membro Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Violências e
Criminalizações (GEPVIC). E-mail: jocenildo_teixeira@hotmail.com;
[2] Professora do
Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá. E-mail:
esuperti@gmail.com.
_____________________________________________________________________________________________
1. 11 - IMAGEM E INTER (AÇÕES): RELAÇÕES SOCIOCULTURAIS NA
ESCOLA
Jorge
Cardoso Paulino[1]
Silvia
Carla Marques Costa[2]
Resumo:
Este trabalho de caráter qualitativo,
objetiva analisar e refletir teoricamente eempiricamente acerca das
subjetividades construídas com a participação das imagens da cultura visual
popular e as relações socioculturais mediadas por tais subjetividades e
deflagradas no espaço escolar. A Escola Estadual Professora Ruth Almeida
Bezerra, localizada em Macapá-AP foi o campo da pesquisa exploratória realizada
em 2011, onde obtive através de observação materiais empíricos,os quais
compuseram minhas notas de campo. As análises interpretativas destes materiais
fundamentadas em teóricos/as da Cultura Visual possibilitou revelar que de
fato, marcas simbólicas criadas por imagens, adicionadas à condição contextual
dos sujeitos são mediadoras de relações sociais promovendo agregações,
segregações, violências simbólicas, conflitos e resistências no território
escolar. Apontando para o desafio e necessidade de (re)pensarmos a
Arte/Educação de forma ampliada/transdisciplinar/rizomática, crítica, criativa,
dialógica e contra hegemônica este estudo compreende que contribuir na formação
de sujeitos/alun@s que desconfiem das “verdades” hegemônicas e não naturalizem
as “ingenuidades” propagadas pelas imagens da cultura visual popular,
possibilita que estes posicionem-se como agentes críticos, criativos e
solidários capazes provocarações de mudanças, resistências e transformação
social.
1.12 - NORMAS E CONDUTAS: O COTIDIANO DOS HANSENIANOS NA
CIDADE DE MACAPÁ/AP
Fabíola
Costa Vieira[1]
Maria
Alessandra dos Santos Souza[2]
Resumo:
O trabalho apresentado é fruto de pesquisa realizada no ano de 2011 a 2012, e
desenvolveu-se com o apoio das discussões no que tange a preservação da
história e memória da hanseníase no Brasil, antigamente conhecida como “lepra”.
O objetivo do trabalho é identificar como se construiu em Macapá as normas e
condutas voltadas para o hanseniano no período em que o Amapá tornou-se
Território Federal, compreendendo as relações entre os sãos e os doentes, para
consequentemente trazer à tona as ações, estabelecidas por iniciativas
particulares e públicas, que regiam a vida dos acometidos pelo “mal de Lázaro”.
Através do Relatório de Governo elaborado por Janary Gentil Nunes em 1944 e das
imagens e depoimentos colhidos são verificados diversos tipos de convivência e
práticas entre sãos e “mazelados”. Os resultados da pesquisa apontam grande
descaso e precariedade da assistência médica e social, em especial aos
hansenianos, apesar das iniciativas do Governo Territorial. Dessa forma, o
cotidiano dos hansenianos construiu-se entre os muros do privado e público.
Somente a partir de 1944 no Governo de Janary Gentil Nunes é que serão tomadas
as primeiras investidas de organização específicas em diversas áreas da saúde
na região, incluindo a “Lepra”.
Palavras-chaves: Memória,
Hanseníase, Relações Sociais.
[1] Graduanda em
Bacharelado em História, Curso da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP),
orientadas pela professora Msc.em História Social da Amazônia (UFPA) IzaVanesa
Pedroso de Freitas Guimarães.
E-mail: Fabiola-cv@live.com
[2] Graduanda em
Bacharelado em História, Curso da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP),
orientadas pela professora Msc.em História Social da Amazônia (UFPA) IzaVanesa
Pedroso de Freitas Guimarães.
E-mail: Fabiola-cv@live.com.
E-mail: Ale_marry@hotmail.com
______________________________________________________________________________________________
SIMPÓSIO SESSÃO: 01 Coordenação: Profª. Drª. Isabelle Braz - UFC Profº. Dr. Antonio George - UFC
________________________________________________
Aldeci da Silva Dias[1]
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo refletir sobre as novas dinâmicas dos Direitos
Humanos que se intensificam a partir da criação da ponte binacional entre os
governos do Brasil e França. Essa dinâmica pressupõe que o direito da dignidade
da pessoa e humana e seus desdobramentos possam ser evocados através do Direito
Internacional Público. Argumenta que a criação da ponte se revela como um dos
instrumentos de estreitamento entre esses governos, e assim possibilitando o
surgimento de acordos no sentido de enunciar tratamento mais humano entre
brasileiros e guianenses. A abordagem do estudo foi fundamentada na pesquisa
qualitativa em que se buscou a compreensão interpretativa das coisas, com
amparo nas legislações e em artigos científicos. O método de abordagem do tema,
considerando as diferentes formas de discutir e analisar o objeto, foi possível
a partir do método hipotético dedutivo. Conclui que as novas dinâmicas dos
Direitos Humanos, na faixa de fronteira, se estabelecem a partir de uma nova
configuração e da compreensão do Direito Público Internacional, onde o
tratamento dispensado entre os seus nacionais deve estar nivelado a partir da
adoção de medidas que visem, antes de tudo, a preservação da dignidade pessoa
humana.
Palavras-chave: Direito,
acordo, internacionalização.
2.2 - ESTADO, SOCIEDADE CIVIL E DEMOCRACIA: UM OLHAR SOBRE
A PERSPECTIVA DOS PROCESSOS DE PATICIPAÇÃO SOCIAL NA CONDUÇÃO POLÍTICA EM
MACAPÁ-AP
Alexandre Gomes
Galindo[1]
Resumo:
O processo histórico de construção de um modelo adequado de democracia
participativa no Brasil perpassa pelo amadurecimento das dinâmicas e atores que
estão vinculados com a condução da gestão pública, bem como, pelo
desenvolvimento das concepções de estado, sociedade civil e democracia que
permeiam o pensamento de determinada época e local. A problemática vinculada ao
atual projeto de pesquisa de Tese de Doutorado em andamento se debruça no olhar
sobre as formas e dinâmicas locais de relacionamento entre Estado e sociedade
civil na organização do projeto político da capital do Estado do Amapá através
da seguinte pergunta de partida: Como se configura o processo democrático
através dos espaços públicos de deliberação existentes na condução Política do
Município de Macapá? O presente estudo, estruturado em duas fases (Fase de
Mapeamento e Fase\ dos Processos de Participação Social) tem o objetivo de
realizar analise de como se configura os processos democráticos de participação
existentes no município de Macapá, através da leitura dada pelos atores
vinculados com os diversos canais e fóruns de deliberação pública abertos nos
últimos anos, como a Câmara Municipal, Conselhos Municipais, Associações
comunitárias, ONGs, Conferencias, Audiências Públicas, dentre outros. Vale
destacar que a interlocução da sociedade com o poder público é peça chave para
construção e efetivação de um projeto político representativo e estudos que
busquem identificar as características e profundidades das reais conexões
existentes em determinada localidade, são relevantes para que, a partir daí, se
possam realizar intervenções concretas geradoras de mudança e desenvolvimento
social.
Palavras-Chaves: Ciência
Política, Democracia, Participação Social.
2.3 - A FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ COMO LÓCUS DA
CULTURA DE MACAPÁ: O IMAGINÁRIO DE ESCRITORES E ARTISTAS NOS CIRCUITOS DA
HISTÓRIA
Fernando
Pimentel Canto[1]
Isabelle
Braz Silva[2]
Resumo:
A ideia desta pesquisa é analisar e interpretar o que se produziu sobre a
Fortaleza de São José de Macapá – FSJM - através de documentos, imagens e
textos feitos por escritores, além de outras formas de expressão artística,
pois ela é, hoje, produto de múltiplas transformações, percepções e
apropriações por parte do poder público e da sociedade. Serão utilizadas
técnicas da pesquisa etnográfica, bem como coletas bibliográficas e
iconográficas.Desta forma, será imprescindível para a pesquisa verificar como
os escritores, poetas, artistas plásticos, moradores e frequentadores da área
de entorno da Fortaleza vêem o monumento a partir de suas concepções artísticas
e opiniões pessoais. É importante dizer que nesse processo também estão
presentes os discursos políticos e os textos ufanistas que glorificam o
trabalho dos colonizadores, construtores e pioneiros do ex-Território. Assim,
considerá-la como gênese da cidade significa dizer que a fortificação
representou a constituição física do local, tanto econômica quanto
politicamente, pois sem a guarnição militar que ela abrigou durante sua
construção, é possível que Macapá não tivesse sobrevivido. Na atualidade os
artistas de diversas áreas vêem a edificação como o lócus da cultura amapaense,
pois há uma grande diversidade de eventos culturais nela ou no seu entorno.
Assim, a arte possibilita as reflexões acerca do cotidiano dos grupos sociais e
pode ser analisada como microcosmo das relações do espaço da FSJM, e consiste
em ser uma das lentes para a percepção e compreensão das identidades coletivas.
Palavras-chave: Identidade,
Memória, Arte, Literatura.
2.4 - “TRATEM OS ÍNDIOS COM AMOR E
AFABILIDADE CRISTÔ: VIOLÊNCIA, CIDADANIA E INTERAÇÕES SOCIAIS NA AMÉRICA
PORTUGUESA (SÉCULO XVIII)[1]
José Inaldo Chaves Jr.[1]
Resumo: Etnias indígenas em contexto
colonial tiveram que ressignificar suas identidades nos contatos com a
alteridade colonizadora em novos espaços físicos e simbólicos, construindo,
assim, sentimentos de pertencimento e defendendo direitos adquiridos sobre os
territórios do pós-contato, o que conduziu invariavelmente a numerosos
conflitos agrários que foram, antes de tudo, lutas de (des)territorialização em
um complexo processo de reorganização social e reordenamento das práticas
políticas. Neste sentido, o cenário colonial das antigas capitanias do Norte
(atual Nordeste) do Estado do Brasil será visto nesta comunicação como
territorialidades privilegiadas para a observação das interações sociais que
puseram em contato colonos e oficiais da Coroa portuguesa no século 18. O
período em questão indica uma inversão na política indigenista lusitana,
marcada decisivamente pelo reinado de d. José I e pela intenção em conquistar
lealdades, transformando os nativos em súditos de Portugal. Por outro lado, a
política indígena também teve que se adaptar ao novo contexto, quando a
violência, embora elemento constituinte da “tomada colonial”, deixou de ser a
principal estratégia de conquista do território. Neste sentido, as chefias
indígenas foram hábeis em construir estratégias de sobrevivência social e
política em situações de conflito aberto contra os colonos, mas, igualmente, de
interessantes oportunidades para redistribuir os recursos sociais disponíveis,
sobretudo quanto a posse da terra, o autogoverno e a inserção na comunidade dos
súditos portugueses através da proteção do monarca. Por meio da micro-história
e de uma nova história indígena, ingressaremos nas tramas tecidas por etnias
indígenas, como os Coremas e os Panati, da Paraíba, com o intuito precípuo de
compreender suas estratégias, as negociações e os conflitos que deram lastro a
sua inserção na ordem colonial, extrapolando, portanto, uma tradicional
interpretação que relegou aos indígenas tão-somente a aculturação ou a extinção
étnica.
[1] Licenciado em História pela
Universidade Federal da Paraíba, Mestre em História pela Universidade Federal
Fluminense e Doutorando em História por essa mesma instituição. Atualmente é
professor Assistente de História Moderna da Universidade Federal do Amapá
(Campus Binacional do Oiapoque). Bolsista de Doutorado do CNPq.
__________________________________________________________________________________
2.5 - TRABALHO DOCENTE, ANOMIA E SOFRIMENTO PSÍQUICO: UM
ESTUDO DE CASO A PARTIR DO SERVIÇO DE APOIO PSICOSSOCIAL DA SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO DO AMAPÁ.
Selma
Gomes da Silva[1]
Antônio
Cristian Saraiva Paiva[2]
Resumo: O presente
estudo tem como objetivo investigar a relação entre trabalho, anomia e
adoecimento psíquico de docentes atendidos pelo Serviço de Apoio
Psicossocial/SAPS da Secretaria de Educação do Estado do Amapá/SEED. A
problemática é sintetizada pelas seguintes questões norteadoras: Como
compreender e caracterizar as dimensões psicossociais do sofrimento psíquico
vivido pelos trabalhadores docentes? O que as diferentes manifestações de
sofrimento psíquico informam-nos sobre as condições do exercício das práticas
docentes? O que as queixas deles revelam sobre as expectativas não cumpridas de
reconhecimento social e as exigências associadas ao habitus docente? Como
entender a partir dos relatos dos sujeitos, a disparidade, produtora de anomia,
entre “objetivos culturais valorizados” e o “campo de possibilidades efetivas”
para a realização daqueles objetivos, no caso do exercício do trabalho desses
professores? Para analisar objeto proposto serão discutidas as seguintes
categorias: anomia, precarização do trabalho docente, saúde/perturbação e
sofrimento psíquico. O método será de
abordagem qualitativa, conduzido pelos objetivos de estudo
exploratório-descritivo, com pesquisa de campo desenvolvida, através de estudo
de caso, no SAPS e nas escolas, da rede estadual de Macapá. Terá como
instrumentos de coleta de dados a entrevista semiestruturada, análise
documental, observação sistemática, grupos focais e narrativas sobre a história
do adoecimento psíquico de docentes. A referida pesquisa encontra-se em fase de
desenvolvimento, portanto, não podendo apresentar resultados.
Palavras-chave: Anomia,
Precarização do Trabalho Docente, Saúde/Doença Mental, Perturbação e Sofrimento
Psíquico.
[1] Graduação
em Filosofia (Faculdade de Filosofia de Fortaleza-FAFIFOR); Graduação-Mestrado
em Psicologia da Educação (Università Pontifícia Salesiana/UPS – Roma –
Itália), doutoranda em Sociologia (DINTER UFC/UNIFAP), professora de Psicologia
da Educação, lotada no Colegiado de Pedagogia/UNIFAP. E-mail: selma@unifap.br
[2] Graduado
em Psicologia, Mestre em Sociologia e Doutor em Sociologia (Universidade
Federal do Ceará/UFC); Professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da
UFC; Pós-Doutorado (em andamento) na Universitè de Strasbourg – França.
Coordenador do Núcleo de Pesquisas sobre Sexualidade, Gênero e Subjetividade.
E-mail: cristianpaiva@ufc.br
__________________________________________________________________________________
2.6 - PARTEIRAS
TRADICIONAIS DO AMAPÁ: DO TRADICIONAL AO CONTEMPORÂNEO O SABER/FAZER NA PRÁTICA
DE PARTEJAR
Iraci de
Carvalho Barroso[1]
Antonio Cristian Saraiva Paiva[2]
Resumo: O presente
resumo refere-se ao projeto de tese que tem como objetivo geral investigar os
saberes tradicionais das parteiras e a incorporação de práticas médicas no
estilo tradicional de partejar. A problemática leva as seguintes questões norteadoras: Que representações são
construídas pelas parteiras que ao longo de suas experiências utilizando
práticas tradicionais, se veem inseridas na atualidade em um projeto de
valorização que promove cursos de capacitação que podem modificar o seu estilo
de fazer parto? Que habitus construído /incorporado se
estabelecem nas relações entre o saber e o fazer contemporâneo? Qual a dimensão
das técnicas médicas ditas inovadoras na vida e no cotidiano dessas parteiras?
Como se processa a articulação entre o conhecimento adquirido tradicionalmente e
o cientifico nos encontros de parteiras tradicionais X equipe
técnica/SESA-AP? Que técnicas médicas
foram incorporadas no saber/fazer das parteiras? Para descrever esta
problemática serão desenvolvidas as seguintes categorias de análise: Habitus; representações sociais e
gênero. Na realização deste estudo se recorrerá a várias fontes como, as
bibliográficas, os informativos, as entrevistas e a internet. A abordagem é
essencialmente qualitativa e como procedimento será utilizado as seguintes
técnicas: Entrevista com relatos de experiências, depoimentos e Histórias de
vida. Resultados e Conclusões: é um estudo de doutoramento na área de
Sociologia, em fase de pesquisa de campo, em que se vislumbra alcançar os
objetivos propostos e as descobertas a partir do que será observado e
verificado e da tessitura teoria-empiria. Portanto, é um projeto em andamento.
Palavras-chave:
Parteira tradicional, Saberes, Habitus,
Representações sociais, Gênero.
[1]
Graduada em Ciências Sociais, Mestra em História Social, Professora de
Sociologia na Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. Doutoranda em Sociologia
DINTER/UNIFAP/UFC. E-mail: iraci@unifap.br
[2] Professor, Doutor em Sociologia. Universidade
Federal do Ceará-UFC. E-mail: cristianspaiva@gmail.com
__________________________________________________________________________________
2.7 - TRADIÇÃO E MODERNIDADE NO MEIO DO MUNDO:
CARTOGRAFIADAS PRÁTICAS TRADICIONAIS DE SAÚDE DOS PERCURSSOS DA CURA NO
MUNICÍPIO DE MACAPÁ-AP.
Maria
da Conceição da Silva Cordeiro[1]
Jânia
Perla Aquino[2]
Resumo:
A intenção deste projeto de pesquisa é construir uma cartografia das práticas
tradicionais de saúde e dos percursos da cura no município de Macapá,
desenvolvidas por médicos tradicionais a partir de um olhar etnográfico sobre
territórios de práticas populares de saúde. O estudo contribuíra para conferir
maior visibilidade do fenômeno nesta região da Amazônia, compreendendo a
importância das práticas populares de cura no processo saúde/doença, bem como
identificar as características desse fenômeno e suas implicações nas relações
sociais no território em que estão inseridos.Trata-se de identificar e
compreender como se tecem as práticas tradicionais de saúde-cuidado, desvelando
o universo simbólico dos praticantes de cura popular e entender como a relação entre a fé e a cura permeia tais práticas.Metodologicamente,
diante das características do objeto e dos objetivos apresentados, a pesquisa
será desenvolvida de acordo com métodos e técnicas qualitativas, no âmbito da
antropologia e sociologia da saúde, priorizando os aspectos simbólicos que
informam as práticas e crenças de curadores compartilhados com os diversos sujeitos
culturais por eles tratados.A pesquisa encontra-se em fase de execução e será
desenvolvida em fases articuladas, a saber: pesquisa bibliográfica, documental
e a observação etnográfica.
Palavras-Chave: Curandeiros,
Mágico-simbólico, Saberes populares.
[1]Aluna do curso
de Doutorado em sociologia -DINTER – UNIFAP/UFC. E-mail: anancey@bol.com.br
[2]Orientadora
do projeto e professora da Universidade Federal do Ceará-UFC.
E-mail: perladiogenes@hotmail.com
__________________________________________________________________________________
2. 8 - AS DOROTÉIAS E ZAÍRAS DAS CIDADES INVISÍVEIS:
ETNOGRAFIAS, MEMÓRIAS E HISTÓRIAS ORAIS DAS MULHERES MIGRANTES DAS ÁREAS DE
RESSACA DE MACAPÁ/AP[1]
Roberta
Scheibe[2]
Leonardo
Damasceno de Sá[3]
Resumo:
Aparentemente, ao passar pela rua o visitante enxerga apenas uma casa. Quando
ele a adentra, passa a percorrer um labirinto de pequeninas casas sobre rios.
Cozinha e quartos; talvez banheiros. E percorrendo o dédalo se encontram
crianças, jovens mulheres, senhoras assustadas, homens deitados em redes, gatos
elegantes viajando sobre as tábuas que antecedem a água e cachorros que abanam
o rabo. Logo, o que era invisível toma corpo: alastram-se lugares cheios de
histórias e memórias e que têm um lugar de imensa importância dentro do
contexto da cidade de Macapá/AP. As cidades visíveis e as invisíveis dependem
da memória de seus moradores. E este é o principal mote deste trabalho. Contar
a história dos moradores da Baixada Perpétuo Socorro, localizada no bairro de
mesmo nome, considerado pela população um dos mais violentos da cidade. O trabalho se voltará para o modo de vida das
pessoas, com especial atenção às mulheres que residem nas pequenas casas de
madeira em cima do rio (muitas delas sem tratamento de esgoto e, algumas vezes,
sem água potável e luz). Para isso se pretende realizar etnografias (cuja base
narrativa será inspirada na crônica-reportagem), buscando na memória das
mulheres moradoras – mediante os recursos da história oral, da história de vida
e da observação sistemática – interpretações para o cotidiano nesses lugares,
associando isso com o passado, o presente (atividades, necessidades, desejos) e
suas esperanças de condição de vida. Neste sentido, a pesquisa também pretende
trabalhar as construções de identidades e etnicidades no contexto das áreas de
ressaca.
Palavras–chave: Cidade,
Cotidiano, Pobreza, Gênero.
[1] Resumo do
projeto de pesquisa de mesmo nome aprovado no Dinter em Sociologia pela
UFC/Unifap em março de 2013.
[2] Graduada
em Jornalismo e Mestre em Letras – Estudos Literários, ambos pela Universidade
de Passo Fundo (UPF) e doutoranda em Sociologia pelo Dinter UFC/Unifap.
Professora da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). E-mail:
robertascheibe@gmail.om
[3] Bacharel em Ciências Sociais (1996), Mestrado em
Sociologia (2000) e Doutorado em Sociologia (2010) pela Universidade Federal do
Ceará (UFC). Professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de
Pós-Graduação em Sociologia da UFC (PPGS-UFC). Pesquisador do Laboratório de
Estudos da Violência (LEV-UFC). É orientador desta pesquisa de doutorado.
__________________________________________________________________________________
2. 9 - TRANSGRESSÕES E CONFLUÊNCIAS DA EXPERIÊNCIA: FAZER,
SENTIR E PENSAR DOCENTE COM PRODUÇÕES ESTÉTICAS DE MULHERES ARTISTAS NA CIDADE
DE MACAPÁ/AP
Silvia
Carla Marques Costa[1]
Lea
Carvalho Rodrigues[2]
Resumo:
Esta pesquisa vinculada ao Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade
Federal do Ceará com a Universidade Federal do Amapá intenta discutir
concepções dos espaços de produção de conhecimento por excelência; a ciência e
a arte na certeza que os trânsitos desses espaços constroem identidades. O
entendimento, portanto é de que não podemos desarticular os saberes advindos da
experiência e da vivencia cultural. Assim pretendo; compreender experiências
culturais da vivência de formação na universidade no curso de licenciatura em
artes visuais e a experimentação artística de mulheres artistas na cidade de
Macapá/AP. Ou seja, ser sensível às transgressões, composições e impactos que
se articulam entre o espaço da universidade e da arte com as experiências
cotidiana de artistas, professoras e mulheres, sobretudo nas articulações de
significados sobre arte e ciência que afetam suas identidades.Problematizo
aspecto de que não considerar artefatos do cotidiano sem exercitar uma análise
critica do capital cultural simbólico associado ao poder e a percepção de fazer
e pensar artisticamente e cientificamente, além de embrutecer os sentidos é
permanecer territorializado e fixados em espaços de poder que homogeneízam,
exclui e subalterniza conhecimentos/saberes. Metodologicamente a investigação
acolhe a concepção etnográficana imersão do campo utilizando a entrevista em
profundidade e narrativas dos processos de criação experimentados por dez
colaboradoras, professoras do ensino básico de artes visuais, mulheres
artistas.
Palavras–chave: Universidade,
experiências, Cotidiano, Artes Visuais, Artistas Mulheres.
[1] Aluna do
DINTER/UFC/UNIFAP. E-mail: Silvia3unifap@gmail.com
[2] Orientadora.
E-mail: leaufc@gmail.com
______________________________________________________________________________________________
2.10 - OS INTELECTUAIS NA FORMAÇÃO DO ESPAÇO SOCIAL URBANO
DE MACAPÁ
Verônica
Xavier Luna[1]
Antonio
George Lopes Paulino[2]
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo principal abrir discussões no campo
teórico metodológico acerca da trajetória de vida, no intuito de fortacer
algumas reflexões que venham a servir de base para apreciar e narrar a
trajetória de vida de oito intelectuais e de suas práticas sócio-políticas e
culturais, que ficaram obscurecidas na produção social da cidade de Macapá, a
partir de um recorte analítico "janarista", que vai de 1945 a 1970.
Dada sua riqueza, “a utilização do método biográfico em ciências sociais é uma
maneira de revelar como as pessoas universalizam, através de suas vidas e de
suas ações, a época histórica em que vivem” (BECKER, 1999). Ainda sobre
trajetória de vida, Franco Ferrarotti (1983), levanta a defesa que cada vida
pode ser vista como sendo, ao mesmo tempo, singular e plural, expressão da
história pessoal e social, e representativa de seu tempo, seu lugar, seu grupo,
síntese da tensão entre a liberdade individual e o condicionamento dos
contextos estruturais.
Palavras-Chave: Intelectuais,
Trajetória, Cidade.
[1] Doutoranda do
Programa DINTER em sociologia - UNIFAP/UFC.
[2] Trabalho
Orientado pelo Profº. Dr. Antonio George Lopes Paulino. E-mail: antoniogeorge_lopespaulino@yahoo.com.br
- UFC.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário